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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1189-1

1189-1

PRODUÇÃO DE ÁCIDO INDOL ACÉTICO (AIA) POR BACTÉRIAS DO GÊNERO Azospirillum spp. ISOLADAS DE PLANTAS DE MILHO E SORGO CULTIVADOS NO CERRADO

Autores:
Paula Evangelista Moreira (UFSJ-CSL - Universidade Federal de São João Del Rei Campus Sete Lagoas) ; Laisla da Costa Almeida Lage (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Milho e Sorgo) ; Denise Pacheco dos Reis (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Milho e Sorgo) ; Caroline dos Santos Martins Guieiro (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Milho e Sorgo) ; Fabiane Ferreira de Souza (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Milho e Sorgo) ; Victor Alef Rodrigues (UFSJ-CSL - Universidade Federal de São João Del Rei Campus Sete Lagoas) ; Felipe Campos Silva (UFSJ-CSL - Universidade Federal de São João Del Rei Campus Sete Lagoas) ; Ivanildo Evódio Marriel (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Milho e Sorgo)

Resumo:
Os fitohormônios, que incluem as auxinas, citocininas, etileno, giberelinas e ácido abscísico, são substâncias orgânicas que influenciam os processos fisiológicos, atuando em baixas concentrações, regulando o crescimento de plantas. No grupo das auxinas, encontra-se o ácido indol acético (AIA) que promove divisão e alongamento celular, resultando em um maior desenvolvimento de sistema radicular, além de outros órgãos. Bactérias como as do gênero Azospirillum spp. apresentam além da capacidade de fixar nitrogênio atmosférico (FBN), outras características associadas à promoção de crescimento (BPCP), principalmente AIA. Objetivou-se avaliar a capacidade de produção de AIA em bactérias do gênero Azospirillum spp. isoladas de plantas de milho e sorgo cultivados no Cerrado. Foram testados 15 isolados de bactérias pertencentes à Coleção de Microrganismos Multifuncionais da Embrapa Milho e Sorgo. As bactérias foram crescidas em meio TSB e a densidade de células padronizadas a 108 UFC mL-1, a 540 nm e, em seguida, uma alíquota de 5 µL foi transferida para o meio TSB suplementado com DL-triptofano, que atuou como precursor na principal via de produção de AIA. Após um período de cinco dias de incubação a 30 °C sob agitação de 100 rpm, a suspensão de células foi centrifugada a 4000 rpm por 15 minutos. Uma alíquota de 100 µL deste sobrenadante foi transferida para uma microplaca transparente de 96 poços, contendo 100 µL do reagente Salkowski para desenvolvimento de cor, e incubada no escuro à temperatura ambiente por 20 minutos. Posteriormente, efetuou-se a quantificação da produção de AIA a 530 nm, utilizando-se uma curva padrão com diferentes concentrações de AIA. Os resultados obtidos mostraram diferenças significativas (p<0,05), com valores oscilando entre 2,8 a 87,41 µg/ml. Pode-se concluir que a variabilidade existente permitiu a seleção das bactérias 33 II (isolada do sorgo) e 48 RM3 (isolada do milho), mostrando-se eficientes para produção de AIA, característica importante para tolerância a estresses abióticos e, consequentemente, maior capacidade produtiva.

Palavras-chave:
 FBN, Fitohormônios, Promoção de Crescimento


Agência de fomento:
Embrapa Milho e Sorgo, CNPq, FAPED